A nova edição do Relatório Setores do E-commerce no Brasil traz dados de acessos a partir de aplicativos e dados demográficos de distribuição de Share of Search pelo país. Confira os principais destaques e análises do mês.
No mês de Maio, o comércio eletrônico nacional avançou 4,2% e registrou 2,14 bilhões de acessos. Nos últimos 12 meses, a soma total de tráfego foi de 26,1 bilhões.
O salto, em comparação aos 1,62 bilhão de acessos do último mês, aconteceu pela soma dos acessos de aplicativos incluídos no relatório nesta edição. Somente em apps de sistema operacional Android, a soma total foi de 430 milhões de visitas.
Entre as categorias que mais cresceram estão Presentes & Flores (14,3%), Moda & Acessórios (12,6%) e Joias & Relógios (11%). Em retração, o TOP 3 é composto por Turismo (-3,8%), Comidas & Bebidas (-3,5%) e Infantil (-2,9%).
No ranking de maiores e-commerces do país, somados web + apps, não houve grandes mudanças: as maiores movimentações foram em 123Milhas, que caiu 5 posições e estacionou em 16º lugar e Centauro, que recuperou 6 casas e chegou a 22ª posição.
Entre os players com maiores destaque em crescimento mensal estão Fkv Calçados, do setor de Calçados, que avançou 209,8% no MoM, Farmácia do Bicho, de Pet, com +190,5% e Moda Love, de Infantil, com crescimento e 190,5% no comparativo mensal.
Na lista de 10 maiores e-commerces do Brasil houve alterações. Saem 123Milhas e Samsung e entram iFood e Shein. A classificação ficou assim: 1. Mercado Livre, 2. Shopee, 3. Amazon Brasil, 4. Americanas, 5. Magalu, 6. AliExpress, 7. iFood, 8. Casas Bahia, 9. Netshoes e 10. Shein.
Em Market Share, o Mercado Livre lidera entre todos os setores, além de ser líder absoluto de Marketplace, na vanguarda em acessos, share of traffic e Share of Search.
Com relação aos canais de tráfego, 74% dos acessos foram mobile; 22,2 vieram de apps, 51,8% de smartphones e tablets e 26% de desktop.
Os dados são do Relatório Setores do E-commerce, da Conversion, agência de Search Engine Optimization (SEO), que traz as principais análises sobre o cenário do comércio eletrônico brasileiro todos os meses.
De acordo com o relatório, ainda, os canais preferidos pelos usuários para chegar às lojas são Direto (quando ele digita o endereço da loja e representa 44,7% dos acessos), Busca Orgânica do Google (26,2%) e Busca Paga (19,2%).
Busca orgânica segue sendo o canal de tráfego mais importante.
A busca orgânica, também conhecida como SEO (Search Engine Optimization), continua sendo o principal canal de tráfego para o e-commerce brasileiro depois dos acessos diretos, somando 26,2% do total de visitas.
A importância deste canal pode, ainda, ser potencializada quando aliada ao uso do tráfego pago, que sozinho representa 19,2% das visitas.
Ranking e Market Share dos 10 maiores e-commerces do Brasil
O Relatório Setores do E-commerce no Brasil apresenta, mensalmente, o ranking dos principais e-commerces do país. Esse ranking está dividido em um geral e outro para cada uma das 18 categorias. No geral, a lista é composta de 1. Mercado Livre (13,9%), 2. Shopee (9,3%), 3. Amazon Brasil (5,6%), 4. Americanas (5,2%), 5. Magalu (4,8%), 6. AliExpress (3,7%), 7. iFood (2,9%), 8. Casas Bahia (2,9), 9. Netshoes (1,9%) e 10. Shein (1,4%). O percentual se refere apenas aos 10 principais players e representa a audiência desses sites.
Share of Search e as marcas com maior participação de mercado (market share)
A métrica do Share of Search é a parcela de busca de uma marca dentro da categoria de consumo em que ela atua. A fórmula para calcular o Share of Search é dividir o volume de buscas por uma marca pelo volume total de buscas de todas as marcas daquele segmento. O fato importante sobre ela é que a parcela de buscas é preditiva em relação ao market share, conforme demonstrou estudo de Les Binet.
Em nosso estudo, analisamos o Share of Search de todos os principais setores do e-commerce brasileiro. Neste aspecto, também houve troca de posições. Ultrapassando a Petz, a Amazon chega ao topo como o e-commerce com a maior parcela de buscas entre todas as categorias, detendo 50% do setor de Importados. Dando sequência ao TOP 5 temos Petz (44%), Loja do Mecânico (43%), Vivara (41%) e iFood (38%).
Apesar de mecanismos de busca serem a fonte de tráfego mais importante, deve haver um complemento entre orgânico e pago
A participação em nosso relatório e rankings é feita a partir do volume estimado de audiência dos sites, conforme metodologia que apresentamos. A audiência, por sua vez, é composta de canais de tráfegos que enviam visitantes para cada e-commerce. A principal forma de entrada é o chamado Direto, que é geralmente quando a pessoa digita o endereço da loja, e soma 44,7%.
Logo em seguida, o tráfego de busca orgânica (26,2%) e paga (19,2%) vêm respectivamente na segunda e terceira posição. Podemos dizer que as buscas são o mais importante canal para o e-commerce, porque elas revelam a intenção do consumidor e canalizam a demanda para as lojas virtuais. Inclusive, nas próprias lojas virtuais, o buscador é fundamental.
E, acima de tudo, o importante é proporcionar uma excelente experiência do usuário, fazendo com que o seu visitante queira gastar tempo navegando em seu site, garantindo uma probabilidade maior de retorno. Este é, aliás, o princípio do SEO Experience, a nova geração de otimização de sites.
Além de tráfego e boa experiência, é importante ter um mix de produtos robusto em seu nicho, precificação competitiva, frete rápido e ser uma marca amada pelos consumidores. Fácil?
Certamente não, mas a oportunidade está aberta a todos!
Fonte: Conversion